PARENTALIDADE TERAPÊUTICA
1. Compreender
2. Educar
3. Proibido para os adultos
4. Proibido para as crianças
5. Comportamentos desafiantes
6. Brincadeira
7. Toque
8. Dicas
Brincadeira
Dos melhores conselhos que as famílias podem receber é:
- brincarem um pouco com as crianças todos os dias;
- reforçarem o tempo de brincadeira quando percebem que a criança está, por algum motivo, mais desanimada ou com comportamentos difíceis.
Brincar não é só fundamental nos primeiros tempos de chegada da criança, é importante para o seu desenvolvimento enquanto crescem.
Quando se fala em brincar diariamente, muitos acolhedores ficam aflitos, perguntando-se quando terão tempo para conseguir tal coisa, entre tarefas como fazer o jantar, ir às compras, preparar tudo para o dia seguinte, etc. Nesta secção daremos algumas estratégias que podem funcionar, mas, antes disso, damos a ler este artigo, publicado pelo Karyn Purvis Institute of Child Development, sobre a importância da brincadeira:
FICHA DE APOIO
Os benefícios da brincadeira, The Karyn Purvis Institute of Child Development.
BRINCADEIRAS
- Deixe a criança controlar a escolha de brincadeira e como brincar. Não julgue, critique ou classifique a brincadeira, aproveite para se distrair;
- Faça coisas de que a criança gosta e vá intercalando essas brincadeiras com actividades que goste de fazer, para que o tempo a dois seja positivo para todos;
- Se a criança não reage mal ao toque faça-lhe cócegas, é um momento em que ambos se podem rir e os próprios adultos conseguem relaxar;
- No banho aproveite para fazer desenhos com a criança ou banhos de cores;
- Na rua, inverta os papéis. A criança pode ser o adulto e este pode ser a criança. Neste caso, a criança tem de ir dizendo ao acolhedor como se deve comportar, aconselhando-o a atravessar bem a rua, dizendo-lhes para não apanharem coisas do chão, etc. O exercício ajuda a criança a aprender a atravessar a estrada, enquanto evita batalhas de controlo;
- Depois do banho, podem pegar na toalha com que a criança se secou e baloiçá-la, mantendo o contacto com o olhar. Vão ver que isso ajuda à vinculação e é benéfico mesmo no caso das crianças que não apreciam o toque;
- Aproveite a hora das refeições para brincar com a comida (verá que evita batalhas de controlo e que melhora a disposição de todos);
- Leia histórias e finja que a criança é a personagem de um certo conto;
- Há brincadeiras específicas para crianças com dificuldades de integração sensorial;
- Nos primeiros meses em família talvez seja de evitar jogos onde os participantes ganham e perdem. Neste, por exemplo, ou ganha o Corvo ou ganha toda a família:
- Evite jogos de computador e ipads, que ajudam a criança a dissorciar-se das relações à sua volta (ler aqui) e a evitar interagir. Procure privilegiar tarefas em conjunto. Como afirma Karen Purvis, em The Connected Child, “as crianças que têm alguma tendência a ser dissociativas ou que têm dificuldade no processo de vinculação procuram a TV e os jogos porque estas são distrações que não exigem resposta social. Os pais precisam de aumentar o tempo que a criança passa com pessoas e diminuir o tempo que passa sozinha”;
- Deixe a criança escolher a brincadeira (por exemplo lego) e ofereça-se para fazer a narração do que vai acontecendo. Enalteça o valor da criança, use o sentido de humor, o acto de narrar é excelente para melhorar a auto-estima da criança;
- Brinque ao faz de conta, que leva a criança a alargar a sua imaginação ao inventar brincadeiras de que se vai lembrando.