PARENTALIDADE TERAPÊUTICA
1. Compreender
2. Educar
3. Proibido para os adultos
4. Proibido para as crianças
5. Comportamentos desafiantes
6. Brincadeira
7. Toque
8. Dicas
Proibido para as crianças
Dependendo da idade da criança, a família pode combinar as regras em conjunto. Por vezes, ajuda escrever os direitos da criança e os seus deveres no frigorífico. E também ajuda escrever aquilo que é esperado dos adultos (algo como, os adultos devem dar comida aos seus filho/as, abraços ao fim do dia, etc. EM GRÁFICO).
Para as crianças, o campo do proibido deve sempre ser acompanhado dos direitos da criança (não se esqueça de equilibrar as coisas).
Proibido
- mentir
- tirar coisas
- bater
- responder mal
Deve-se
- Confiar na família, mesmo quando fizemos uma asneira
- Devolver o que pedimos emprestado
- Usar as palavras
- Ser gentil
A família não se deve esquecer de que estes são comportamentos comuns, que podem surgir numa ou outra altura, desaparecendo depois. Por isso, é particularmente importante que os encarem como parte do processo de crescimento, redireccionando as crianças para os comportamentos apropriados sem se exaltarem ou perderem a paciência.
Quando estas situações têm lugar, não confrontem a criança directamente.
Façam-lhe perguntas como:
“Acho que tens um brinquedo emprestado na tua mochila, amanhã podíamos devolvê-lo, que achas? Sabes que quando queres muito uma coisa nos podes pedi-la ou podemos fazer uma lista e usamos a tua semanada?”
“Queres um bocadinho de tempo para pensar nisso que me disseste agora?”
“Era brincadeira o que me disseste?”
Quando as crianças respondem mal aos pais porque os desafiam estes podem recorrer a uma panóplia de estratégias Uma das mais eficazes (por contra-intuitivo que pareça) é não se aborrecerem e procurarem uma forma divertida de ignorar ou de responder ao comentário.
“Hoje estás feia”
“Tens toda a razão, achas que pareço um abutre, um unicórnio com barbatanas ou um elefante voador?”
“Os unicórnios não têm barbatanas”.
E tem o seu problema resolvido.
Claro que nem todas as situações são fáceis de resolver. Como afirma Karen Purvis:
Nunca aceitamos comportamentos ofensivos ou selvagens de uma criança – mas também não punimos, rejeitamos ou subornamos porque essas estratégias não permitem o sucesso a longo prazo. Em vez disso, interrompemos com firmeza o mau comportamento, identificamos a necessidade que conduz esse comportamento, mostramos à criança como atingir os seus objectivos de forma adequada e, em seguida, elogiamos a criança por isso. Depois de se ver nesse papel de mentor, que incentiva e protege a criança, os dias ficam cheios de oportunidades – oportunidades para mostrar à criança como corrigir os seus erros, para praticar o que é certo, comunicar as suas necessidades com palavras em vez de recorrer a comportamentos inadequados, e obter feedback positivo pelos seus esforços. Ao ajudar a criança a desenvolver capacidades sociais e a sentir-se seguro neste mundo, ganha a sua profunda confiança. Quando a criança se sente segura, as portas abrem-se para mudanças positivas.
A longo prazo, não adianta lidar com estes comportamentos que, como explica Daniel Siegel são dominados pelo cérebro do andar de cima, adoptando a parentalidade tradicional.