Encontros com a família de origem

 

Os encontros com a família de origem são fundamentais, mas podem não ser fáceis para a criança e é natural que depois delas o seu comportamento se torne mais difícil. Aceite isso, sem culpabilizar a criança e fazendo-lhe ver que está ali ao seu lado para o que ela precisar.

Ao mesmo tempo, a co-parentalidade causa por vezes desafios aos quais não é fácil responder. Os pais biológicos sentem-se ultrapassados, pode-lhes parecer que o seu filho/a está diferente ou achar que a família acolhedora não faz as coisas bem. Por sua vez, esta pode ter dificuldade em partilhar a parentalidade quando tem em mãos diariamente uma criança difícil.

SUGESTÕES
  • Procure manter uma boa relação com a família de origem;
  • Seja flexível nos encontros;
  • Mantenha-os a par dos progressos da criança na escola e procure envolvê-los nalgumas actividades;
  • Tire fotografias das actividades da criança e partilhar com a família biológica (se esta assim o desejar). Certifique-se de que a maioria dessas fotos seja da criança sem estar presente.
  • Tenha uma fotografia da família biológica no quarto da criança (se estiver tudo bem com a criança).
  • Mesmo que não veja os pais guarde notas, trabalhos de escola, projetos de arte etc. para que estes as possam ter um dia se assim o desejarem.
  • No dia da mãe e do pai peça ao professor se a criança pode fazer dois presentes ou só um para a família biológica;
  • Quando há reuniões na escola incentive os pais biológicos a irem também. Deixe-os responder.
  • Se as visitas não forem do melhor interesse da criança ou não forem possíveis, experimente trocarem cartas, fazer telefonemas ou videoconferências.
DEPOIS DA VISITA – OUTRAS SUGESTÕES

→  Depois do encontro, é natural que venham ao de cima emoções que a criança não sabe bem resolver. Tenha calma, procure aceitar o comportamento difícil da criança depois dos encontros e reconhecer a tristeza nas suas diferentes manifestações (raiva, agressividade, zanga, choro, entre outros);

→  Faça uma Caixa de preocupações (ou Caixa das tristezas) com a criança, peça-lhe para colocar lá dentro um objecto que simbolize cada preocupação, fotografias ou lembranças que a deixam triste, guardem a caixa num sítio acessível, ao qual a criança pode voltar quando necessário.