EM CASA
1. Casulo
2. As primeiras semanas
3. Fases na adopção
4. Retrocessos
5. Férias
6. Estratégias e ideias
Estratégias e ideias
Rotina. Vamos repetir esta frase muitas vezes, mas a regra de ouro da adopção é «estabilidade de rotinas, pessoas e sítios»;
Fins-de-semana. No início, estes podem ser complicados, procure repetir programas e criar uma rotina previsível para sábado e domingo. Verá que isso ajuda;
Banho especial. Aos sábados, por exemplo, diga à criança que tem um banho especial, encha a banheira, compre cápsulas para o banho com cores, canetas para desenhar no banho, banho de gelatina ou de slime. Não só o banho cria um momento especial na família como os banhos de gelatina ou slime ajudam quando as crianças têm dificuldades de integração sensorial;
Jogos como este, em que ou toda a família ganha ou só o Corvo ganha, ajudam a criar bons momentos em família e evitam os episódios de choro normais em crianças que raramente sabem perder. A pouco e pouco, vá começando a fazer outros jogos.
Parque. Muitas crianças, quando chegam, têm aquilo que parece ser energia a mais e que por vezes é fácil de confundir com hiperactividade (leia mais). Procure levar as crianças ao parque do seu bairro, deixe-as brincar na rua e fazer amigos, verá que dormem melhor e começam a integrar-se numa nova rotina;
Faça um diário de memórias positivas, onde anota as coisas boas que vão acontecendo. Este vai ser importante nos dias mais difíceis.
Calendário. Compre um calendário para a semana e crie ao sábado ou domingo o ritual de o preencher com a criança. Coloque no calendário as horas de acordar, da ida para a escola, quem a vai buscar e a que horas. Quando as crianças são mais pequenas faça um calendário com velcro e vá colocando por ordem o que surge em cada dia;
Cozinhar em conjunto não só ajuda a criança a desejar melhorar a sua alimentação como cria bons momentos em família. Faça bolachas e biscoitos;
Tecnologia. Nos primeiros tempos, evite jogos de computador e iPads, que ajudam a criança a desligar-se das relações à sua volta e a evitar interagir. Procure privilegiar tarefas em conjunto. Como afirma Karen Purvis, em The Connected Child, «as crianças que têm alguma tendência a ser dissociativas ou que têm dificuldade no processo de vinculação procuram a TV e os jogos porque são distracções que não exigem resposta social. Os pais precisam de aumentar o tempo que a criança passa com pessoas e diminuir o tempo que passa sozinha»;
Outras ideias. Em Big Life Journal vendem-se diários e oferecem-se fichas semanalmente que podem ser usadas com a criança e que servem para melhorar a sua auto-estima. Nesta página encontrará cartazes com grandes invenções que começaram por ser erros até à explicação de como o cérebro é um músculo que pode ser treinado, entre outras actividades divertidas para fazerem juntos.